19 julho 2009

História do Master System

Confira a Historia do Master System, o Console da SEGA.

Lançado inicialmente no Japão em 1986, ele enfrentou grandes dificuldades devido a forte concorrência do Famicom da Nintendo.

A Nintendo possuia contratos de exclusividade junto as produtoras de jogos. O contrato não permitia que elas produzissem jogos para nenhum outro aparelho, fazendo com que o Master System dependesse somente dos lançamentos desenvolvidos pela SEGA.

O baixo sucesso no Japão não evitou que a SEGA lançasse o Master System no resto do mundo. Nos Estados Unidos o domínio da Nintendo também era muito grande, e logo a SEGA vendeu os direitos de comercialização do Master System nos EUA para a Tonka, mesmo assim a popularidade do aparelho foi diminuindo.

Em 1990, após o lançamento do Sega Genesis, a SEGA recuperou os direitos de comercialização do Master System nos EUA e lançou uma versão com um novo desenho, chamado Master System II. Esse novo modelo era mais barato, mas por outro lado foram removidos o botão de Reset e a entrada para óculos 3D, impossibilitando a utilização desse acessório em alguns jogos. Além de não possuir conectores de áudio e vídeo, ele só podia ser conectado na TV por cabo RF, que apresenta uma pior qualidade de imagem e som.

Na Europa a história foi diferente. O Master System foi bem aceito e se tornou muito mais popular que o console da Nintendo. Diversos desenvolvedores europeus produziram jogos para o Master System, e o aparelho teve suporte da SEGA Européia até 1996 (em contraste a SEGA Americana, que desistiu do console já em 1992). Para se ter uma idéia, os jogos de arcade da Sega convertidos para o Master System faziam tanto sucesso na Europa, que a empresa Tengen lançou versões (não licenciadas) de vários desses games para o console da Nintendo. Evidentemente que a qualidade desses títulos não chegavam nem perto das versões para o Master System. Alguns exemplos são: Shinobi, After Burner e Out Run. O sucesso do Master System se repetiu também na Austrália, um mercado que toma como base o mercado europeu.

No Brasil repetiu-se a situação da Europa. O Master System foi produzido e vendido pela Tec Toy a partir de 1989 e atingiu um grande sucesso. O Master System lançado pela Tec Toy era o mesmo modelo vendido nos Estados Unidos. Já o Master System II produzido pela TecToy possuía o mesmo desenho do primeiro mas era mais barato e vinha com outros jogos. A Tec Toy ainda lançou o Master System III Compact, que possuía um novo desenho (o mesmo desenho do modelo lançado como Master System II nos EUA e Europa), e diversos modelos portáteis chamados Master System Super Compact, inclusive uma versão rosa desenvolvido para garotas. Além disso, a Tec Toy desenvolveu alguns jogos exclusivos (leia-se adaptações de outros jogos da Sega, trocando os personagens) para o mercado brasileiro (como versões da série Wonder Boy in Monster Land, estrelados pela Turma da Mônica) e converteu diversos jogos lançados para o portátil Sega Game Gear para o Master System, aumentando ainda mais a biblioteca de jogos disponíveis. Vale lembrar ainda que a Tec Toy converteu para o Master System, em 1997, Street Fighter II, sendo o jogo de maior tamanho em MiB do sistema. A Tec Toy ainda comercializa o Master System com diversos modelos novos, que já vem com jogos instalados na memória.

Sega Master System no Japão/Coréia é conhecido também como "Mark-III" contendo a adição do chip "FM YM2413", sendo "Outrun" o primeiro jogo a usa-lo para gerar sons (em vez de utilizar o SN76489) quando este é devidamente detectado. Mas vale salientar que em 1987 a Sega também lançou no Japão a versão 'internacional' do console, com o mesmo design e o mesmo nome com o qual ficou famoso no resto do mundo: Sega Master System.

O fracasso do Master System nos EUA e Japão levou a Sega a grandes estratégias para fazer seu Mega Drive bem-sucedido nesses mercados (e também no Brasil e Europa).

Características

O Master System original aceita jogos em cartuchos e cartões. O tamanho máximo de um jogo em cartão é de 32KBits, enquanto o maior jogo lançado em cartucho possui 8MBits. O suporte a cartões foi abandonado nas versões posteriores do aparelho.

Existem diferenças entre o Master System original lançado no Japão e o modelo comercializado no resto do mundo. No modelo japonês o slot de cartuchos é de tamanho diferente, no lugar do botão RESET existe o botão RAPID FIRE (que ao acionado habilita a repetição automática das ações ativadas pelos botões dos controles), existe uma entrada para o plug do óculos 3D que dispensa assim o uso do adaptador, e vem com um chip de som FM (YM2413) que possibilita músicas muito mais elaboradas (infelizmente esse chip foi removido na versão vendida no resto do mundo). Excluindo essas diferenças, visualmente o desenho do aparelho é idêntico à versão lançada no resto do mundo. (OBS: O design do Mark-III, porém, era completamente diferente).

Apesar da diferença de tamanho do slot de cartuchos entre o aparelho japonês e o aparelho lançado em outras regiões, é possível rodar os jogos lançados no resto do mundo no aparelho japonês, desde que se construa um adaptador. O contrário já não é possível, pois os jogos disponibilizados no mercado Japonês não possuem um cabeçalho que é requerido pelos Master System lançados fora do Japão. Existem projetos caseiros que resolvem esse problema, mas envolve alterar a BIOS do Master System, uma operação as vezes complicada para usuários sem experiência com eletrônica.


Acessórios

  • Sega Control Pad: controle padrão. Possui apenas dois botões (1-Iniciar e 2) e o direcional.
  • Master System III Super Compact: console sem fio brasileiro
  • SG Commander: Um controle diferente do original, possui função turbo (número 3021)
  • Control Stick: Controle em forma de manche, disponível com o jogo OutRun ou sozinho (número 3060)
  • Handle Controller: Controle para jogos de corrida e aeronaves (número 3041)
  • Sports Pad: Controle estilo trackball, usado em alguns jogos de esporte (número 3040)
  • Óculos 3D SegaScope: Óculos que dão a sensação de ambiente 3D em alguns jogos (3073)
  • Sega Light Phaser: Pistola para jogos de tiro (número 3050)
  • Rapid Fire: Adiciona função turbo ao controle (número 3046)

Especificações

  • CPU: Zilog Z80 8-bit 3 579 545Hz (3.58MHz) em PAL/SECAM e NTSC
  • Gráficos: Chip customizado da SEGA baseado do modelos Texas Instruments TMS9918/9928 com várias adições
  • 384 Kbits ROM, jogos usam método de mudar páginas (cada página é 128Kbit) para ter acesso a toda a área do cartucho
  • Som: Texas Instruments SN76489 4 canais mono (chip FM YM2413 disponível apenas no aparelho Japonês)
  • 64 Kbits (8KB) RAM
  • 128 Kbits (16KB) Video RAM
  • 32 cores simultâneas de 64 disponíveis (pode também exibir 64 cores simultâneas com certos métodos de programação)
  • Resolução de tela de 256x192 (Alguns modelos podem suportar outras resoluções além desta)
  • 3 geradores de som quadrado + 1 gerador de som de Ruído branco
  • 1 slot para cartuchos
  • 1 slot para cartões (descartado em modelos posteriores)
  • 1 slot de expansão (não usado fora do Japão)

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